sexta-feira, 2 de novembro de 2012

ENSINAR NO CAMINHO PARA NÃO PERDER O CAMINHO

O filme “Procurando Nemo” conta a história de uma família que é abatida por uma tremenda tragédia. Marlin, um “peixe-palhaço”, perde sua esposa e todos os seus filhotinhos prestes a nascer, com a exceção de Nemo, durante o ataque de uma “barracuda”. Marlin torna-se um pai superprotetor que teme perder o seu único filho preocupado com sua habilidade para nadar, por conta de sua nadadeira direita ser menor do que a outra, sequela do ataque da barracuda. Nemo, iludido com o desejo de conhecer o “desconhecido”, acaba desobedecendo a seu pai e sai nadando em mar aberto sendo acidentalmente “pescado”. Desesperado, Marlin parte em busca de seu filho abandonando a segurança do mundo que “conhece”, aventurando-se pelos mistérios e perigos do oceano. Ao fim desta “tragicomédia”, Marlin aprende que a melhor maneira de proteger seu filho dos perigos do mundo é ensina-lo confiando que Nemo tomará as decisões certas. O autor do Livro de Provérbios autentica: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. O verbo ensinar neste texto fica “melhor traduzido” como instruir ou iniciar. Assim, pode-se afirmar que o filho deve ser preparado para a vida adulta. A expressão no caminho que deve andar significa, literalmente, a indicação do caminho. E, uma tradução melhorada seria de acordo com a maneira como ele deve agir, pois indica que a instrução deve estar em conformidade com aquilo que é adequado àquele filho específico. Isto quer dizer que é o estágio de desenvolvimento intelectual e espiritual que é mencionado no provérbio. Embora esta instrução seja um “preparo” para a obra do Espírito Santo, não significa, necessariamente, que a criança será salva. Também não quer dizer que todos os filhos que se voltarem para uma vida de pecado retornarão algum dia (como o filho prodigo retornou para junto de seu pai [Lc 15.11-32]), simplesmente porque tiveram uma boa criação e instrução. A qualidade da instrução que o filho recebe é uma preocupação crítica. Os pais não podem, e nem devem, supor que simplesmente criar seus filhos em uma atmosfera moral é tudo o que é necessário. O objetivo principal na educação de um filho é que ele seja instruído no conhecimento de Deus (Ef 6.4), mas o filho também deve ser preparado para a vida, de modo geral. Há casos em que os pais deram o melhor de si para educar corretamente um filho, e ainda assim ele ou ela escolheram rejeitar a instrução recebida e seguir seu próprio caminho. Contudo, devemos reconhecer que pode haver casos em que os pais falharam como professores; e por não darem os exemplos apropriados, os filhos preferiram rebelar-se e levarem uma vida corrupta. Por isso, é importante que a criança seja ENSINADA NO CAMINHO em que deve andar, e não ensinar O CAM INHO em que a criança deve andar. Moisés instrui com palavras os pais do povo de Israel, que deveriam ensinar aos seus filhos, dizendo: “Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentados em vossas casas, e andando pelo caminho, e deitando-vos, e levantando-vos. Escrevei-as nos umbrais de vossa casa e nas vossas portas, para que se multipliquemos vossos dias e os dias de vossos filhos na terra...” (Dt 11.19-21). Marlin, o pai superprotetor, entendeu que somente ensinando, inclusive sobre os perigos dos mares, poderia ter a certeza de que no momento exato das escolhas, Nemo estaria pronto para tomar as decisões certas. A Palavra de Deus nos adverte que a criança deve ser instruída no caminho que deve andar e nos garante que quando for velho, “não se desviará dele”. Graça e Paz!

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